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🪽 Red Bull, Rafael Nadal, Skin in the Game, Astella e mais.

Sabe qual foi a estratégia mais arriscada da Red Bull até hoje?

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🔎 ESTUDO DE CASO

Sabe qual foi a estratégia mais arriscada da Red Bull até hoje?

Em 1982, o empresário austríaco Dietrich Mateschitz, durante uma viagem de negócios à Tailândia, descobriu uma bebida energética local chamada "Krating Daeng", criada por Chaleo Yoovidhya.

Durante dois anos, cada um investiu $500 mil dólares para adaptar a fórmula ao paladar ocidental e, em 1984, nascia a Red Bull. Desde então, a empresa cresceu exclusivamente com capital próprio. Muita gente grande tentou, mas ninguém nunca conseguiu comprar participação na companhia.

Mas sabe qual foi o maior risco da empresa? A configuração societária. Cada sócio fundador ficou com 49% do negócio, e os 2% restantes ficaram com o filho de Chaleo.

Pior, os tailandeses não tiveram envolvimento operacional e o grande responsável pela expansão global foi o austríaco, mesmo sem ter o controle do negócio. Curioso é que essa configuração permanece intacta até hoje, mesmo depois do falecimento de ambos.

Moral da história: embora tenha funcionado para a Red Bull, dividir a participação de uma empresa assim é uma péssima decisão.

E você, como está dividindo o equity do seu negócio?

🎯 LIÇÕES APRENDIDAS

O dia em que vi Rafael Nadal em ação (e sua ética profissional) de dentro da quadra.

Em out/21 realizei um sonho. Fui jogar um torneio ITF na Rafa Nadal Academy, em Mallorca. Aproveitei para ter uma semana intensiva de treinos, tentando experimentar o que seria a rotina de um atleta de verdade: 5h na quadra + 2h de físico + 1h de recovery.

Quarta-feira era a primeira rodada de simples. Vi na chave e o adversário era um cara chamado Joan Soasi, pelo nome provavelmente um local. Fui pra quadra, aquele nervosismo natural. 3x3 no primeiro set, olho pra fora e vejo Rafael Nadal, Uncle Toni e dezenas de outras pessoas assistindo. Obviamente não para me ver. Joan era diretor geral da academia e melhor amigo de infância do Rafa. Mesmo assim o coração disparou e a base tremeu. Tomei duplo 6x3. Perdi o jogo, mas ganhei um “amigo”.

Naquela noite teve um jantar para os participantes do torneio dentro do Rafa Nadal Museum. Para um fã de tênis, melhor que o Louvre. Todos os troféus, roupas e raquetes dos incontáveis títulos do espanhol. Inclusive, a roupa dele e do Federer usadas na final de Wimbledon em 2008. Cheguei atrasado, não conhecia ninguém. Joan me viu e convidou para sentar. Na mesa estavam Carlos Moya, Marc Lopez e outros do staff. Mas o melhor estaria por vir.

No outro dia, cruzei com Joan no almoço e ele me disse que o Rafa iria treinar naquela tarde e perguntou se eu queria assistir. De dentro da quadra. 👀

Ao longo da semana tive a sorte de estar na presença do Nadal novamente, vendo ele treinar e umas 2-3x no recovery. Pude trocar ideias rápidas, na verdade ouvir e aprender. Tirei algumas lições valiosas dessa experiência.

  1. Levar o trabalho a sério. A expressão facial e corporal em cada treino é a mesma de quando ele entrava na quadra pra jogar a final de Roland Garros. Não tem espaço para brincadeiras ou papo furado.

  2. Postura neutra. Ele não reclama de nada e também não se perde em euforia. Um controle emocional que nunca vi em ninguém. Simplesmente trabalha. Dia após dia, semana após semana. Faz o que tem que ser feito.

  3. Perguntei pra ele o que imaginava do futuro. A resposta: “não me importo com o que não controlo. Agora preciso me recuperar e voltar a competir novamente". Ele tinha feito uma cirurgia no pé algumas semanas antes. Três meses depois (jan '22) ele ganharia seu 21º Grand Slam na Australia.

Pra mim o maior atleta de todos os tempos.

PS: Não queria atrapalhar, mas filmei um pouco. Acho que nunca mostrei esse vídeo pra ninguém. Aumenta o som e sente o barulho da bola.

📚 LIVRO DA SEMANA

Skin in the Game, Nassim Nicholas Taleb.

Sabe qual é a principal pergunta que você deveria fazer ao seu investidor?

No livro, o autor diz: "Se você inflige riscos a outras pessoas, e elas são prejudicadas, deveria pagar um preço por isso."

Ele defende que Arriscar a Própria Pele não é sobre risco teórico, mas assumir responsabilidade direta. Pagar o preço se algo der errado é o verdadeiro teste de comprometimento.

O modelo de capital de risco tem três atores: numa ponta, os donos do dinheiro, que arriscam capital. Na outra, os empreendedores, que arriscam tudo – tempo, dinheiro, saúde, reputação. E no meio, os gestores... que arriscam o quê?

Por isso, é fundamental saber quanto do patrimônio pessoal do gestor está em jogo. Muitos se gabam de ter 3% ou 5%. Isso é insignificante.

A verdade é: se o seu investidor tiver menos de 80% do patrimônio vinculado aos fundos que administra, você não deveria aceitar o capital.

"Aqueles que falam deveriam fazer e somente aqueles que fazem deveriam falar."

🎙️ PODCAST

Edson Rigonatti, Astella.

Centenas de empreendedores brasileiros o consideram seu principal mentor. Comigo não é diferente. Nos 15 anos que conheço o Edson, tive o privilégio de conhecer um lado que talvez você não conheça - o empreendedor.

Você pode assistir o episódio completo no YouTube ou escutar no Spotify. Lembra de curtir o canal e ativar as notificações para ser informado sobre novos episódios.

🧠 PRINCÍPIOS

“Não é o que não sabemos que nos impede de vencer, mas sim o que já sabemos".

⁠💭 Reflexões:⁠

O conhecimento da humanidade dobra a cada 12 meses, portanto a capacidade de desaprender é tão importante quanto a de aprender. Como eu aprendo é mais importante do que eu aprendo. Devo questionar práticas e métodos antigos, sempre buscando os fundamentos.⁠

As mídias sociais democratizaram a informação, mas também criaram um ambiente onde é fácil confundir opiniões com fatos. Devo buscar senso crítico para diferenciar dados de interpretações pessoais, assim evito ser influenciado por vieses de confirmação.⁠

Muitas das minhas crenças podem ser resultado de condicionamentos culturais e sociais. Questionar essas crenças me permite identificar quais são realmente válidas e quais estão limitando meu crescimento. Ao desafiar esses paradigmas, posso descobrir novas formas de pensar e agir.⁠

Princípios antigos, especialmente aqueles pautados na filosofia, antropologia, teologia etc, oferecem insights profundos sobre a natureza humana. Integrar esses princípios na minha vida diária pode me ajudar a navegar por incertezas com maior sabedoria e estabilidade.⁠

Até a próxima! ✌🏼😉

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